sexta-feira, 1 de novembro de 2013

COLÔMBIA PARTE 1: PÓ BRANCO? SÓ SE FOR MUITO MAGNÉSIO


Não abandonei o blog galera, apenas tirei férias de 2 semanas cujo destino de “trip de escalada” foi a Colômbia. E claro, quando se volta de férias colocar as coisas em ordem demora um pouquinho, hehe.

Eu e Kbeça partimos para Bogotá dia 04 de outubro. Essa viagem surgiu após trocarmos idéia com o Luca, amigo nosso que tinha acabado de escalar lá devido ao seu trabalho nômade no Cirque du Soleil.

Chegamos já era noite e fomos direto para o hostel Fátima que fica no bairro candelária com a indicação do Oscar. O hostel estava festejando seis anos de existência e dormirmos ao som de música afro colombiana. Muito bom o som! Músicas latinas calientes, rs.
http://www.hostalfatima.com/index.php

Dia seguinte após um belo café da manhã servido no hostel (ovos mexidos com tomate e cebola, pão e café) cambiamos algum dinheiro e partimos de ônibus para Suesca, campo escola de escalada da Colômbia.


O objetivo era conhecer alguns escaladores locais e partirmos com maiores informações a Machetá e Florian que eram nossos picos almejados.

Final de semana Suesca, há apenas 59 km de Bogotá, fica cheio de turistas e achar um lugar para dormir se encontra um tanto complicado, rs. Tentamos nos hospedar em Caminos de Suesca mas o hostel já estava lotado, tentamos um outro ao lado que também estava cheio. Por por fim e sorte conseguimos ficar no El Nómada, um café hostel de escaladores com excelente e típico café da manhã colombiano: Um mega prato de frutas (morango, manga, banana, maça) e arepas de queijo ( massa típica colombiana de farinha de milho) com ovos mexidos, suco e chocolate quente.
http://www.elnomadahostel.com/


Abaixo as viciantes arepas de queijo Hummmmmmmmmmmm


Abastecidos e entupidos, rs, partimos a escalada. Uma caminhada plana de apenas 10 min. e você já estará na base das vias. Sim, é muito cômodo. A pedra fica ao lado de uma ferrovia desativada e enquanto você escala se vê muita família e cachorros curtindo a natureza e tirando fotos.


Eu e Kbeça escalamos em Suesca no Sábado e Domingo. Oh lugarzinho HARD, rs. A escalada lá é muito técnica e de repente se tem um crux bem definido e esquisito de abaulados ruins. Isso tudo com grampos megaaaaaaaaaaaaaaaa longes! Aff rs.

Apanhei de um 8b brasileiro com um crux de blocada com o pé megaaaaa alto e entrei num 8c-9ª brasileiro incrível mas sem pés no crux, rs. Nada de cadena, rs. Kbeça também achou tudo muito técnico e hard. Na verdade o forte de lá são as fendas mas como não tínhamos móveis entramos somente nas vias grampeadas (pouco grampeadas, rs).

Essa nossa logística de irmos primeiro a Suesca foi essencial para o futuro de nossa trip, pois na base de uma das vias conhecemos os amigos Gabriel, Miguel e Lina. Pessoas muito queridas que seriam nossos guias em Flórian nos próximos dias.

Segunda feira eu e Kbeça partimos para os tão sonhados negativos de Machetá. Pegamos dois ônibus engraçados e coloridos porém lotados. Os ônibus colombianos lembram um besouro colorido e têm uma busina tipo de navio. Eles colocam um perfume enjoativo que da vontade de vomitar e vão catando pessoas na estrada até não mais caber ninguém. A população colombiana é basicamente rural e muitos dependem desses ônibus (que parecem vãs) para resolverem suas vidas nas cidades. Abaixo um dessas figuras mais discretas, rs (camuflado porque a noite... suas anteninhas acendem, rs)

 

Chegando em Machetá, mais especificamente na Quebrada Água Branca, procuramos pelo famoso abrigo de Adriana. Adriana não estava e tivemos que procurar um abrigo no pequeno povoado de Machetá. Esse dia foi o pior de nossa trip. Desolados por não encontramos Adriana ficamos num simples Hotel na beira da estrada e não conseguimos almoçar e nem jantar no povoado tamanha bagunça e sujeira do local. Na verdade eram campesinos simples em dia de feira e era visível a pobreza da população. Não tive coragem de comer na cidadezinha e fiquei o dia inteiro só com galetitas colombianas e o Kbeça com seu frango assado e batata chips, rs.  

Ainda nesse dia fomos escalar para pelo menos conhecer os famosos negativos de Machetá. O Abrigo da Adriana fica na base da caminhada para as vias. São em torno de 20 min de caminhada íngreme dentro do seu terreno.




 
https://www.facebook.com/adri.7111/about (Contato da Adriana pelo facebook)
 
 A escalada é surreal!!! As vias são de agarras grandes e  anatômicas com o final negativo e que terminam em  teto na sua grande maioria. Entrei num 8ª flash e cai tijolada no crux final. O crux era custurar a parada dupla pois a agarra final era uma pinça abaulada e de lado num teto, aff. Acabou que não entrei mais na via nessa primeira temporada em Machetá pois queria escalar muitas outras coisas e me desgastei mentalmente nela devido a sensação de exposição. Descemos no final da noite muito cansados e desnutridos, rs e retornamos ao povoado de Machetá.
 


Dia seguinte de volta ao climbing equipei La Terapia, um 8 a-b bem indicado pelos meus amigos colombianos porém também cai no final, aiaiaiaiaia. Kbeça se deslumbrou nas vias e ia varrendo o local aos poucos, rs. Era seu estilo de escalada, deslumbrava ele. Conseguimos essa noite dormir no abrigo de Adriana após um telefonema salvador e assim foi possível fazermos a nossa própria comida J.

 A noite recebemos uma mensagem da galera que partiria dia seguinte a Florian. Acordamos na quarta cedo, desequipamos as vias montadas e corremos literalmente para Bogotá ao encontro de nossos amigos colombianos. Uhuuuuuuuuuuuuu Nossa trip ficava progressivamente mais incrível!!!

2 comentários:

  1. Muito bom,só que você dizia que faria psiquiatria para cuidar do tio,ainda bem que escapei dessa,mas estou preocupado em arrumar um dos bons para você.Juízo de lagartixa,subir em pedra e nessas alturas.

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